quinta-feira, 5 de maio de 2011

Palavra-voz-corpo-pensamento


"Ouvi mais de um cirurgião queixas sobre pacientes que chegam a seus consultórios exigindo que fiquem 'parecidas com Sharon Stone'" (p. 212)

"Fiz uma plástica com cada marido" (p. 220)


"(...) depois é que eu fiz a prótese da mama, fiz lipo, essas correções de que ela necessitava, não porque ela necessitava ser perfeita, necessitava para ganhar mais facilmente (...) a perfeição necessária de medidas de apresentação para que ela subisse rapidamente na vida" (p. 224)


"Cada vez que levantava e me olhava no espelho, 'não é possível, ah (...) acordar com essa cara, não quero acordar mais não' (risos)" (p. 229).


"A face, entre as regiões do corpo, é a que mais identifica o ser com o mundo. De certa forma, seria o espelho que reflete a essência do ser" (p. 229)


"O corpo é igual à casa, perde o valor e tem que reformar" (p. 230)


"Emagreci e aumentei meus seios. O meu corpo é minha melhor arma" (p. 239)


"Ela está rica, ela está superbem, fez lipo, botou silicone, fez não sei quantos tratamentos de pele e cabelo, e você olha pra Carla Perez e você não olha pra uma mulher fina. Vê uma moça de nível mais baixo. A maneira dela rir, de falar, de se posicionar, acho que ela não tem muita classe, as coisas que ela usa (...)tudo, ela não é uma mulher que tem nível (...) ela é igual aos jogadores de futebol" (p. 256)


(In: EDMONDS, Alexander. No universo da beleza: Notas de campo sobre cirurgia plástica no Rio de Janeiro. In: GOLDENBERG, Mirian (org.). Nu & Vestido: dez antropólogos revelam a cultura do corpo carioca. Rio de Janeiro: Record, 2007, p. 189-261.)

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