segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

"Pedi eu, ó meu criador, que do barro
Me fizesses homem? Pedi para que
Me arrancasses das trevas?"
(O Paraíso Perdido, X, 743-45)


(In: SHELLEY, Mary. Frankenstein. Porto Alegre: L&PM, 1997, p. 3).

Meus olhos








quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

"Narciso": vídeo de ensaio 2

Ressurreição

Semeia-se o corpo em corrupção;
ressuscitará em incorrupção...


(Semeia-se em fraqueza, ressuscita em poder...)
(Semeia-se em fraqueza, ressuscitará com vigor...)
(Semeia-se em ignomínia, é ressuscitado em glória...)





Será um corpo glorioso, poderoso, espiritual e, finalmente, será um corpo celestial (1º Coríntios 15:43-44, 47, 49)

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Terry Richardson



Imagem opaca*



Jesus Cristo Gandhi Pelé
Robert de Niro Wolverine
Frankenstein Che Guevara
Reynaldo Gianechini Hitler
Don Juan Ayrton Senna
Super-Homem Faustão
Marilyn Monroe
Gene Kelly
Papa João Paulo II Xuxa
Deus Michael Jackson
Marlon Brando Lula
Alexandre Frota
Sílvio Santos
Amy Winehouse Beyoncé
Albert Einstein Shakespeare
Freddie Mercury
Freddie Krueger
Fred Astaire
Marina Abramovic Beuys
Ariane Mnouchkine
Pina Bausch
Tim Burton
Natalie Portman
Jiraya Drácula
Niemeyer Foucault Bauman
Tadeusz Kantor
Bob Wilson
Joãozinho Trinta
Johnny Depp
John Wayne
John Lennon
...



(*) "Uma imagem é opaca se, ao mesmo tempo em que mostra alguma coisa, mostra-se a si mesma. Uma imagem é opaca se não apenas representa alguma coisa, mas se representa a si mesma como imagem, quer dizer, como representante; se, enquanto ela mostra aquilo que representa, mostrar que ela representa" (WOLFF, Francis. Por trás do espetáculo: o poder das imagens. In: Novaes, Adauto (org.). Muito além do espetáculo. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2005. p. 38).

MEU ROSTO É MEU











Brincadeiras básicas no Photo Booth...


Narciso - vídeo de ensaio

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Romeo Castellucci



Romeo Castellucci: "I work a lot with images. And each image – every image is like a river. So every image has a starting point and an ending point. But we don’t know where the ending point is. So every image has a story and a strength, a force, inside. And you need to enter in this flow and be taken by this flow that is in the image. And the force that is in an image. And the images, they are coming from everywhere. Of course painting – the history of painting. Sculpture. Architecture. But also the images of the people you see on the street. Or the images you have in the newspaper, magazines. And every image has to be taken into consideration. Is important."

http://jhlinsley.net/romeo-castellucci
2ª. Co 5:4 – o nosso corpo será transformado. Seremos despidos do nosso corpo e depois revestidos com um corpo glorioso.

Corpos inumanos de Castellucci

"A Socìetas Rafaello Sanzio, um dos fenômenos mais importantes do teatro experimental italiano desde o início dos anos 1980, pode ser um parâmetro exemplar desta concepção. Através da utilização de 'corpos inumanos'*, Romeo Castelucci, um dos diretores do grupo, torna discutível o conceito do belo, permitindo que percebamos, mesmo que de modo paradoxal, a beleza encantadora em corpos dissonantes. 'Cada corpo tem sua própria fábula' (LEHMANN, 2007, p. 343), afirma Castellucci." (COLIN, D. Do corpo-representado ao corpo-híbrido: os percursos corporais na cultura e na arte contemporâneas. Trabalho final da cadeira Dramaturgia da Cena Contemporânea, ministrada pela Profª Dra. Marta Isaacsson. Porto Alegre, 2011. p. 12-13).


(*) O próprio Lehmann utiliza este termo para englobar os atores da Societas Raffaello Sanzio, caracterizados por uma corporeidade diferente ou adoentada, como, por exemplo, uma obesa mórbida que interpretava Clitemnestra na Oresteia (1995) ou um anoréxico nervoso que interpretava Júlio César na peça homônima de 1997 (LEHMANN, 2007, 343-344).



Abaixo, excertos do espetáculo "Inferno", de Castellucci, parte integrante da trilogia "A Divina Comédia", evidentemente inspirado em Dante.



Aqui, uma cena de "L.#09 London":

Meu corpo sai de mim



(Homenagem a Sandro Botticelli)

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Eu sou Jesus Cristo


"É certo que o nascimento do monoteísmo é marcado pela luta contra o culto das imagens. A realidade absoluta, o além, o Deus bíblico são puras palavras. Deus é transcendente, inteiramente diferente dos homens e dos vivos, sem figura sensível. Daí a proibição das imagens no segundo mandamento. Entretanto, tudo muda com o cristianismo, porque Cristo é Deus, mas é também um homem visível. 'Jesus lhe disse: Aquele que me viu viu o Pai' (João, XIV, 8-9). E Paulo, na Epístola aos Colossenses (I, 15-20), vai ainda mais longe: 'O Filho é a imagem do Deus invisível'. Desde então, toda a história das imagens no Ocidente confunde-se com as diferentes interpretações possíveis dessas palavras. (...) se a questão das imagens é central na história do Cristianismo (...) é porque o mistério da Encarnação (que é o fundamento do cristianismo) reproduz o mistério, ou melhor, o mecanismo da imagem. Cristo é o Deus-Homem, é Verbo e Carne ao mesmo tempo; é o Filho visível do Pai invisível, duas naturezas em uma só pessoa, como a própria imagem - como toda imagem, qualquer que seja" (WOLFF, Francis. Por trás do espetáculo: o poder das imagens. In: Novaes, Adauto (org.). Muito além do espetáculo. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2005. p. 35-36).